Para entender o que é mineração, é preciso saber que as moedas digitais – como o Bitcoin – representam um código complexo que não pode ser alterado. As transações realizadas com elas são protegidas por criptografia.
Como não há uma autoridade central que acompanhe essas transações, elas precisam ser registradas e validadas uma a uma por um grupo de pessoas, que usam seus computadores para gravá-las no chamado blockchain.
O blockchain é um enorme registro de transações. Segundo Ulrich, trata-se de um banco de dados público onde consta o histórico de todas as operações realizadas com cada unidade de Bitcoin (outras moedas digitais se baseiam nessa mesma tecnologia). Cada nova transação – uma transferência entre duas pessoas, por exemplo – é verificada contra o blockchain, para assegurar que os mesmos Bitcoins não tenham sido previamente usados por outra pessoa.
Quem registra as transações no blockchain são os chamados mineradores. Eles oferecem a capacidade de processamento dos seus computadores para realizar esses registros e conferir as operações feitas com as moedas – em troca disso, são remunerados com novas unidades delas. Bitcoins são criados conforme os milhares de computadores que formam essa rede conseguem resolver problemas matemáticos complexos que verificam a validade das transações incluídas no blockchain.
Em outras palavras, a mineração representa a criação de novas unidades de alguns tipos de moedas digitais. Se mais computadores passam a ser usados para aumentar a capacidade de processamento voltada à mineração, os problemas matemáticos que precisam ser resolvidos se tornam mais difíceis. Isso acontece exatamente para limitar o processo de mineração.
“O Bitcoin foi projetado de modo a reproduzir a extração de ouro ou outro metal precioso da Terra: somente um número limitado e previamente conhecido de bitcoins poderá ser minerado”, explica Ulrich em seu livro. (Mais detalhes na seção “Bitcoin” deste guia)

